RELÓGIO

domingo, 28 de setembro de 2014

O que aprendi com o projeto?


Nilzeleia Maria.

   O projeto é uma forma de organizar as atividades de ensino aprendizagem de a articular diversas áreas de conhecimentos. O projeto nos permite fazer um trabalho mais integrado, por este motivo até mesmo a escolha do tema foi algo que despertou o interesse de todos.
   Durante o contato com as interações no fórum, fui aprendendo cada vez mais a respeitar opiniões alheios e lidar com as diversidades.
   O projeto desenvolvido foi uma experiência que certamente contribuiu muito para minha formação acadêmica, profissional e pessoal, uma bagagem, que levarei por toda a vida. Sendo assim, não me proporcionou só aprendizado de conteúdos, foi algo que me causou um crescimento de conscientização, me despertou estímulo a colaboração, trabalhar em equipe e análise crítica reflexiva, dentre tantos outros.
" A educação é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa. " ( Paulo Freire )

sábado, 27 de setembro de 2014

Aprendizagem durante o 4º seminário

Jailson Brito:

     Durante a oficina do 4º seminário aprendi a importância de se trabalhar com projetos. As principais vantagens de se trabalhar através de projeto é que a aprendizagem passa a ser significativa. O projeto nasce de um questionamento, de uma necessidade de saber, que pode surgir tanto do aluno quanto do professor. A chave do sucesso de um projeto está em sua base: a curiosidade, a necessidade de saber, de compreender a realidade.

Aprendi também a importância do  trabalho em equipe, pois  nesse tipo de tarefa, treina-se a capacidade de ouvir e respeitar opiniões diferentes". Tudo é feito para o bem geral de todos os membros. 


O que é Bullying? Tudo que você precisa saber sobre essa forma de violência!




YOUTUBE, http://www.youtube.com/watch?v=6R38MtEiIC4

O que aprendi com o trabalho?


Joselito Bispo Santos
Trabalhar com projetos está cada vez mais popular, ao contrário de algum tempo atrás, onde existia uma resistência passiva muito grande por parte dos professores que insistiam em resistir ao novo. Hoje já sabemos que a escola precisou se modernizar para acompanhar o desenvolvimento da humanidade e praticamente todos os educadores já tem a consciência de que deve apreciar bem as suas práticas e colocá-las em sintonia com o que há de mais moderno sobre o processo ensino-aprendizagem.
Já é inadmissível hoje fragmentar os conteúdos de modo que desvincule o seu sentido com a realidade do aluno e, além disso, também já é necessário tornar o próprio aluno corresponsável pela sua aprendizagem.
Com isso, por meio deste trabalho colaborativo foi possível entender, diante das dificuldades encontradas que sendo extremamente necessário o trabalho em equipe para realização de projetos educacionais ainda preciso realizar muitos outros para que eu possa enraizar esta prática que não fez parte da minha formação fundamental nem secundária, mas que já faz parte do cotidiano dos jovens de hoje.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PLANO DE AULA.

TEMA: Violência nas escolas
PROBLEMÁTICA:
Quais as formas de violência na escola?
 Quais as consequências da violência para a comunidade escolar?
 Como a violência afeta a aprendizagem?
DURAÇÃO: Um bimestre.

JUSTIFICATIVA: Frente ao crescente índice de violência escolar, faz-se necessário que a instituição, como mecanismo de promoção social, aborde o referido assunto, traçando ações que colaborem com a mudança de atitudes e conceitos a respeito da violência. Nota-se que cada vez mais que os alunos demonstram comportamentos e atitudes agressivos, ferindo tanto a integridade física, quanto psicológica de colegas e professores. Por esse motivo, faz-se necessária uma investigação mais consistente das causas dessa violência, bem como, as possíveis alternativas para compreender e modificar essa situação.
OBJETIVOS GERAIS:

·                     Averiguar e refletir sobre as causas da violência escolar,
·                     Reduzir a violência no âmbito escolar.
·                     Despertar nos alunos a prática de atitudes gentis.


CONTEÚDOS: Buscando trabalhar com a interdisciplinaridade os conteúdos a serem abordados serão:

·         Língua Portuguesa: Produção textual, leitura e inferências de ideias aos textos a serem trabalhados;
·         Matemática: leitura e comparação de gráficos;
·         Artes: produção gráfica de quadrinhos, confecção de cartazes.
·         Ciências: Violência e Saúde, como a violência afeta a saúde das pessoas.
·         História: Os grupos sociais e seus comportamentos em sociedade
·         Geografia: estudo das regiões que têm maior índice de violência e seus aspetos;

METODOLOGIA:
·         Debate sobre o tema em sala de aula.
·         Pesquisa em diferentes fontes bibliográficas: livros, revistas e internet para a coleta de dados sobre: O que é violência? Quais os diferentes tipos de violência praticada nas escolas? Como a violência afeta na aprendizagem?
·         Produção de gráficos sobre o índice do diferentes tipos de violência na região,( Estado), onde encontra-se inserida a escola para posteriores comparações numéricas ;
·         Estudo dos aspectos geográficos e sociais da região que possui maior índice de violência;
·         Leitura de textos voltados para o assunto em foco bem como, incentivo ao posicionamento de opiniões dos alunos e suas inferências a respeito do texto;
·         Confecção e organização de murais com reportagens e fotos sobre atitudes que valorizam e incentivam a convivência harmoniosa
·         Confecção de histórias em quadrinho para a criação de uma revistinha que deverá ser distribuída à comunidade escoar.
·         Palestra com psicopedagogos e psicólogos sobre como a violência afta a saúde do ser humano: estresse, depressão e outros.
CULMINÂNCIA: Ao final do projeto haverá uma exposição de tudo o que foi  produzido ao longo do trabalho, com apresentações de diferentes atividades: palestras com convidados ou com os próprios alunos, dramatizações de situações de violência que devem ser abolidas da escola e de situações que estimulam a paz, etc.

AVALIAÇÃO: A avaliação dar-se-á através da observação dos professores diariamente e sobre as apreciações dos trabalhos produzidos pelos alunos, bem como a observação da mudança de conduta dos discentes. 


Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.
Aluno vítima de bullying atira em colegas de escola estadual em Santa Luzia.

http://www.otempo.com.br/cidades/aluno-v%C3%ADtima-de-bullying-atira-em-colegas-de-escola-estadual-em-santa-luzia-1.675334

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

Reportagem sobre bullying e perseguição - Globo Repórter


Reportagem exibida pelo programa Globo Repórter no dia 18/10/2013.
É esta realidade de bullying que desejamos transformar.
Conheça mais sobre a Abrace - Programas Preventivos.


      YOUTUBE, http://www.youtube.com/watch?v=M6EQh7WeVHI
Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra professores


  O Brasil está entre os dez últimos da lista nesse quesito, que mede a percepção que o professor tem da valorização de sua profissão.
  UMA TRISTE REALIDADE, VALE A PENA CONFERIR, ACESSEM O SITE E DÊ A OPINIÃO DE VOCÊS EM NOSSO BLOG.

http://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2014/08/28/pesquisa-poe-brasil-em-topo-de-ranking-de-violencia-contra-professores.htm

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

EXCLUSIVO: ALUNO BATE NA PROFESSORA E AINDA APAGA AS NOTAS DO DIÁRIO



O aluno, exaltado, por não ter conseguido tirar uma nota, acaba pegando o diário da professora e começa a agredir.


YOUTUBE. http://www.youtube.com/watch?v=3x7N6VfliL4.
Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Reportagem especial: Violência contra professores


Professora cai em depressão e precisa mudar de casa após agressão.

Carta de desabafo de uma professora agredida.

Agredida por mãe de aluno, professora tem medo de voltar a lecionar.

    ACESSE O SITE PELO LINK LOGO ABAIXO E DEIXE SEU COMENTÁRIO.

http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/observatorio-da-violencia/reportagem-especial-violencia-contra-professores/

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

Em duas semanas, cinco escolas da região de Ribeirão viram caso de polícia


Violência nas escolas uma triste realidade. Acessem o link e confiram, contamos com a opinião de vocês.

http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/jornal-da-eptv-2edicao/videos/t/edicoes/v/e-duas-semanas-cinco-escolas-da-regiao-de-ribeirao-viram-caso-de-policia/3567474/

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

BRIGA ENTRE ALUNOS NUMA ESCOLA ATINGE A PROFESSORA.


BRIGA ENTRE ALUNOS NUMA ESCOLA DE RIBEIRÃO PRETO (SP) ATINGE A PROFESSORA. ACESSEM O LINK ABAIXO E CONFIRAM.

http://www.jornaldaclube.com.br/videos/14454/briga-entre-alunos-numa-escola-rp-atinge-a-professora

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

A importância da atividade física na infância como forma de prevenção da violência escolar.


Corpo em Movimento com Dr José Eduardo de Oliveira falando a respeito da importância da atividade física na infância como forma de prevenção da violência escolar além de todos os benefícios para saúde.


YOUTUBE. Corpo em Movimento - Importância da Atividade Física na Infância. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=SsoRqscNemw > Acesso em: 23/09/2014.

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito. 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cenas reais filmadas em escolas e cenas de filmes.

Programa que reflete sobre os limites entre a educação e a violência. Apresenta cenas reais filmadas em escolas e cenas de filmes, depoimentos de professores, de alunos e de pesquisadores que estudaram o assunto.
YOUTUBRE. Violência nas Escolas. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=Z6lS_WQ0nWg>. Acesso em: 22/09/2014.

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

Vídeo engraçado que retrata a realidade de muitos professores, sobretudo aqueles que dão aulas em comunidades carentes.


Ser professor...
YOUTUBE, Professores - Charges. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=Ss9DBPxM2jk> Acesso em: 22/09/2014.

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

"Violência na escola e suas consequências"



Na última década a violência nas escolas tem preocupado o poder público e toda sociedade, principalmente, pela forma como esta tem se configurado.

TONCHIS, Luiz Claudio. Violência na Escola e suas Consequências. Disponivel em: < http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/violencia-na-escola-e-suas-consequencias> Acesso em: 22/09/14.
Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.



Matéria na revista Nova Escola muito interessante sobre bullying, que é uma das formas de violência na escola muito comum.


http://revistaescola.abril.com.br/formacao/bullying-escola-494973.shtml

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

Violência na Escola

Violência nas Escolas! Onde isso vai parar? Reportagem do Jornal hoje!
YOUTUBE, Violência na Escola, Disponível em<http://www.youtube.com/watch?v=AwtMj4jaqwU> Acesso em 22/09/2014.
Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

Pensando Educação - Violência nas Escolas

O Pensando Educação tem como tema a Violência nas Escolas. Para falar sobre o assunto, o professor Josué Adam Lazier recebe nos estúdios da TV Unimep o educador Helder Prado Sousa.
YOUTUBE, Pensando Educação - Violência nas Escolas, disponível em < http://www.youtube.com/results?search_query=+Pensando+Educa%C3%A7%C3%A3o+-+Viol%C3%AAncia+nas+Escolas> Acesso em 22/09/2014.
Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.

PROFESSOR PROFISSÃO DE RISCO?


Professor/a: profissão de risco?Vera Maria Candau
Professora e pesquisadora do Departamento de Educação da Puc-Rio vmfc@edu.puc-rio.br
Rio de Janeiro, Brasil

O magistério foi considerado durante muito tempo como uma profissão muito valorizada socialmente, de presgio e reconhecimento pelo seu potencial humanizador e seu compromisso com a formação para a cidadania. Em geral, esta valorização não era acompanhada de condições de trabalho muito favoráveis. O salário dos professores e professoras era módico e os estímulos para o desenvolvimento profissional escassos. No entanto, isto não impedia que o magistério fosse visto e vivido como uma profissão que valia a pena por sua importância intelectual, ética e social.
Esta não é a situação que vemos hoje. Junto às condições de trabalho precárias que a grande maioria dos/as professores/as vive, é possível detectar um crescente mal-estar
entre os profissionais da educação. Insegurança, stress, angústia parecem cada vez mais
acompanhar o dia a dia dos docentes. Além disso, sua autoridade intelectual e preparação profissional é frequentemente questionada e as ltiplas manifestações de indisciplina e violência no cotidiano escolar se intensificam, assim como as pressões sociais se fazem cada vez mais fortes e as escolas, blicas e privadas, não conseguem responder adequadamente às novas demandas. Por outro lado, o impacto das tecnologias da informação e da comunicação sobre os processos de ensino-aprendizagem obrigam os/as educadores/as a buscar novas estratégias pedagógicas e os sujeitos da educação, crianças e  adolescentes,  apresentam  configurações  identitárias  e  subjetividades  fluidas  que escapam à compreensão dos professores e professoras. Diante deste quadro muitos/as evadem da profissão e procuram caminhos mais tranqüilos, gratificantes e seguros de exercício profissional.
Ser professor/a hoje se vem transformando em uma atividade de risco que desafia nossa  resistência,  saúde  e  equilíbrio  emocional,  capacidade  de  enfrentar  conflitos  e
construir experiências pedagógicas significativas cada dia.

1                                                                            Disponível                                        em:


ENTRE SABERES E CULTURAS: O QUE ENSINAR?
Esta pergunta, aparentemente simples, é na atualidade extremamente desafiadora para s, professores e professoras. A identidade docente tem estado fortemente ancorada, especialmente a partir do segundo segmento do ensino fundamental, no domínio de um conhecimento específico do qual o/a professor/a é considerado/a especialista. A posse deste chamado "conteúdo" não é colocada em questão. Este saber, oriundo do campo científico de referência, dá ao docente segurança e convicção de que possui um patrinio, que lhe é próprio, que lhe corresponde socializar. Este conhecimento foi adquirido ao longo de vários anos de formação universitária e pertence aos "iniciados" em cada área específica do conhecimento considerado científico. Por outro lado, existem bons livros didáticos que "pedagogizam" estes "conteúdos" aos diferentes níveis de ensino. Confiantes no nosso saber, formação e nos materiais de apoio selecionados nos é possível, esta é nossa crença, desenvolver com tranqüilidade e competência nossa atividade docente diária.
Esta  era/é  a  visão  dominante  mas  a  reflexão  pedagógica  em  geral  e,  mais especificamente, a teoria curricular, nos últimos anos vem questionando fortemente esta
concepção do conhecimento escolar. Este passa a ser concebido como uma construção
específica do contexto educacional, em que o cruzamento entre diferentes saberes, cotidianos e/ou sociais e científicos, referenciados a universos culturais plurais, se no cotidiano escolar em processos de diálogo e confronto, permeados por relões de poder. O conhecimento escolar não é concebido como um "dado" inquestionável e "neutro", a partir do qual nós, professores/as configuramos nosso ensino. Trata-se de uma construção permeada por relões sociais e culturais, processos complexos de "transposição"/ "recontextualização" ditica e dinâmicas que têm de ser ressignificadas continuamente.
O que ensinar? Como favorecer aprendizagens significativas? Estas perguntas, mais ou  menos  óbvias  e  tranquilas  em  outros  tempos  passam,  hoje,  a  ser  questões
desestabilizadoras e instigantes, que admitem respostas ltiplas, segundo as concepções
epistemológicas e educativas que informem nossas práticas pedagógicas cotidianas.

NOSSOS ALUNOS E ALUNAS: IDENTIDADES PLURAIS E FLUIDAS QUE NOS ESCAPAM A CADA MOMENTO?
Outra questão que informa a prática docente diz respeito à caracterização de nossos alunos e alunas. Durante muito tempo nos pautamos em nosso dia-a-dia por uma visão do
que se convencionou chamar de "aluno médio", certamente uma abstração mas que constituía uma referência para a docência. De onde veio esta construção? Acredito que se
possa afirmar que está baseada numa simplificação de textos de psicologia do desenvolvimento e de psicologia da educação em que são apresentadas as principais
características de diferentes etapas da vida, no nosso caso das fases da infância, da pré- adolescência e da adolescência. Muitas vezes destacasse elementos que favorecem uma
visão homogeneizadora, que tendem a descrever de modo uniforme os/as alunos/as. Tendemos a assumir esta visão uniforme destes personagens e a adequar nosso ensino ela.


Basta entrar em uma sala de aula do ensino fundamental com um olhar sensível às diferenças, para que se evidencia a inadequação desta perspectiva. As crianças e adolescentes "explodem" este modo de encará-los. Apresentam formas de expressar-se, comportar-se, situar-se diante de distintas situações que questionam nossas formas habituais, socialmente construídas, de lidar com elas. Diferenças de gênero, físico- sensoriais, étnicas, religiosas, de contextos sociais de referência, de orientação sexual, entre outras, se visibizam e expressam nos diversos cenários escolares.

Os educadores e educadoras nos manifestamos muitas vezes desconcertados com nossos alunos e alunas, diante desta explosão das diferenças. Tendemos, com freqüência, a encará-la negativamente, "já não se fazem alunos como antigamente".... afirmamos, explicita ou implicitamente. Os/as alunos/as - verdadeiros "alienígenas"?- estão exigindo de nós, educadores/as - ou se que somos nós os/as "alienígenas"? - , novas formas de reconhecimento de suas alteridades, de atuar, negociar, dialogar, propor e criar. Estamos desafiados a superar uma visão padronizadora, assim como um olhar impregnado por um juízo, em geral, negativo de suas manifestações e maneiras de ser. Trata-se de abrir espaços que nos permitam compreender estas novas configurações identitárias, plurais e fluidas, presentes nas nossas escolas e na nossa sociedade.
ENTRE O "QUADRONEGRO/ VERDE/BRANCO" E AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: QUE DINÂMICA CONSTRUIR NA SALA DE AULA?
Outro aspecto desestabilizador da prática docente diz respeito ás estratégias diticas privilegiadas na sala de aula. O ensino frontal tem sido a perspectiva dominante
nas nossas escolas. Basta entrar em um estabelecimento de ensino que o reconhecemos
pela organização espacial das salas de aula. O chamado "quadro-negro, verde ou branco" em uma das paredes, as carteiras enfileiradas diante dele indicando que todos devem olhar para aquele personagem, nós, professores/as, que, em alguns instantes, entrará para "dar" a sua aula. Certamente esta descrição é caricatural. Nos primeiros anos do ensino fundamental já está sendo superada. No entanto, na segunda etapa do ensino fundamental e no ensino médio, afirmo, sem duvidar, ainda impera na grande maioria das escolas. Certamente de modo matizado em muitas situações, com maior freqüência de exposições dialogadas, alguns trabalhos em grupos, utilização de filmes, apresentações em powerpoint e utilização de outras mídias que "modernizam" mas não rompem com o chamado ensino frontal.

É  importante  ressaltar  que,  em  algumas  escolas,  já  se  está  trabalhando  em  uma perspectiva diferente, que se pode chamar de "sala de aula ampliada"(Koff, 2008).[1] Nela os diferentes espaços escolares - corredores, tio, biblioteca, laboratório de infortica, etc - e mesmo espaços fora da escola - ruas, museus, fábricas, empresas, jardins, parques, shoppings, etc - são concebidos como "salas de aula", na medida em que favorecem processos de aprendizagem e ensino, tanto de professores/as quanto de alunos/as.
A familiaridade das crianças e adolescentes com as TIC's é cada vez maior. Os alunos e alunas manifestam intimidade com este mundo, "navegam" com autonomia e,
muitas vezes, nos ensinam, pois nós professores/as - pelo menos os que possuímos mais
anos de magistério -, em geral, nos metemos no mundo das TICs mais lentamente. Esta é uma realidade que vem se impondo cada vez mais. Como integrar de modo consistente as TICs nos processos de ensino-aprendizagem? Como utilizá-las na perspectiva de favorecer

processos de construção de conhecimento, análise e reflexão críticas? Como operar com as múltiplas possibilidades que as TICs oferecem a partir de uma visão reflexiva e crítica de sua utilização tanto no meio escolar, como na sociedade em geral?



QUE SIGNIFICA CIDADANIA EM SOCIEDADES MARCADAS PELO INDIVIDUALISMO E A CULTURA DO CONSUMO? QUAL O PAPEL DA ESCOLA NESTA PERSPECTIVA?
Entre os objetivos das escolas, um dos considerados básicos, constitutivos da própria configuração da instituição escolar é a formação para a cidadania. Mas, o que
quer dizer esta expressão hoje? Ainda tem sentido afirmá-la? Cidadania, em geral, é uma categoria referida à consciência de pertença a um estado- nação. Serviu historicamente, me
atreveria a afirmar, para negar e/ou silenciar as diferenças, "Somos todos brasileiros" é uma expressão   muitas   vezes   utilizada   para   não   enfrentar   conflitos,   não   reconhecer
desigualdades e discriminações.

Vivemos em tempos de globalização que, para vários analistas, é um fenômeno pluri- dimensional que fragiliza os chamados estados-nação. Por outro lado, nas sociedades complexas, marcadas por políticas neoliberais e pela centralidade do consumo e do individualismo, a cidadania é muitas vezes orientada à formação de consumidores.
Neste contexto, problematizar a questão da cidadania constitui um desafio importante para nós, educadores e educadoras. De que cidadania falamos? Que cidadania queremos ajudar a construir? Como ressignificar este conceito que está relacionado à dimensão publica, sócio-política e coletiva da vida? Como favorecer uma cidadania diferenciada, que procura articular igualdade e diferença? Muitas são hoje as experiências de voluntariado, os projetos promovidos por organizações não governamentais e outros atores da sociedade civil que apontam nesta direção e, certamente nós, educadores/as, também estamos chamados a participar desta construção de redes de solidariedade e compromisso social.
Profissão de risco... Certamente ser professor/a hoje supõe assumir um processo de desnaturalização da profissão docente, do "ofício de professor/a", e ressignificar saberes,
práticas, atitudes e compromissos cotidianos orientados à promoção de uma educação de
qualidade social e culturalmente plural para todos/as. Mas, não é isto que permite humanizarmo-nos e humanizar, aprofundar nos dilemas do nosso tempo, dilatar horizontes, desafiar, criar? E, não são estas as "marcas" da profissão docente? (NA)
[1] Koff, Adélia Maria Nehme Simão e. Escolas, Conhecimentos e Culturas: projetos de investigação como estratégia teórico-metodológica de reorganização curricular. Tese de doutoramento, Departamento de Educação da PUC-Rio, 2008.
Referência Bibliográfica:
DIDÁTICA, Leitura Complementar para aula 3, plataforma CEDERJ.

Postado por: Cristina, Joselito, Maria Conceição, Nilzeleia, Regilene e Jailson Brito.